Dentre os assuntos abordados mostramos a importância da liturgia na ação evangelizadora;
“ A liturgia ocupa na ação evangelizadora da Igreja lugar central. Ela é o cume para o qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte de onde emana toda a sua força”. SC, n. 10.
Por isso o subsídio ressalta a necessidade de que as formações litúrgicas sejam acima de tudo mistagógicas.
Mistagogia – Grego “myst”-”agogein”-Mistério – conduzir, (para dentro) e é a própria liturgia que nos guia para dentro do mistério.
A formação litúrgica mistagógica nos oferece elementos para podermos entender e intuir o que acontece conosco na ação ritual, nos leva a conversão interior, uma adesão à pessoa de Cristo, nos leva a um modo de vida de acordo com o evangelho de Cristo.
Deve-se dar em todos os níveis da vida eclesial, o povo de Deus, as equipes de liturgia, compositores, cantores e instrumentalistas, Arquitetos especializados em construções de igrejas, responsáveis pela organização do espaço litúrgico, Catequistas, Religiosos e Religiosas, Diáconos, Presbíteros e Bispos.
Assim a formação litúrgica necessita ser feita de forma integral, ou seja, envolvendo todas as dimensões humanas (Corpo, mente e coração) e todas as dimensões da liturgia (ação ritual, sentido teológico e a espiritualidade).
Educar as pessoas para a Ritualidade (celebrar e viver os ritos em sua essência, com profundidade e), fugindo de um mero Ritualismo (seguir o rito de uma forma fria e superficial).
Intuir o sentido dos inúmeros símbolos e sinais que a liturgia nos oferece e ser capaz de celebrar com eles, e para isso é necessário buscar conhecer, as sagradas escrituras, a história da salvação, os temas teológicos básicos da nossa fé. Pois são através desses sinais sensíveis que Deus se revela, nos toca e nos transforma.
E por fim redescobrir o essencial, recordamos que os primeiros cristãos eram considerados gente sem religião, não tinham templo, não tinham altar, nem sacerdócio.
Entendiam que precisavam fazer a liturgia com a própria vida, assim como Jesus que na Última Ceia fez um gesto simbólico, no qual Jesus nos faz compreender o sentido da sua vida e morte (liturgia-celebração), mas que sem sua vida de doação e morte real, a Ceia perderia o seu sentido (liturgia-vida).
Celebrar com amor e profundidade a liturgia e transformar o que celebramos, nossas vidas!